05 setembro 2006

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Já toda a gente sabe que a Educação não tem atravessado a sua melhor fase....isto há já vários anos. É cliché falar sobre ela, e quanto mais se discute o assunto, mais se toma consciência que não se aprende em manuais a mudar o sistema.
Não é só problema dos alunos, ou dos professores, ou dos pais, ou da ministra, ou do que quer que seja. A mudança requer-se a todos os níveis, na cabeça de cada um e com a ajuda de todos. Não sou idealista, constato apenas o que vejo.
O Ensino carece de união e quer se queira quer não, as coisas mudam e as pessoas têm que acompanhar, ficar parado é morrer e é estupidez pensar-se que mudanças profundas só virão quando o Ministério assim quiser. Infelizmente, e como se tem falado em todos o tipo de situação em Portugal, é que quem tem poder é que manda.
Parece-me que todo o sistema se afasta do essencial: educar. O Professor é em primeiro lugar um educador, não apenas a pessoa que está lá na frente a despejar matéria. O que me apercebi, é que cada vez menos o professor é respeitado e cada vez menos a profissão do professor é ensinar. O professor é mais um burocrata que um trasmissor de conhecimento e de educação, a todos os níveis. Muito me entristece que assim seja, e talvez nisto, tenha sido mais idealista do que realista.
O professor é malabarista, tem de cativar os meninos, tem de ser paciente para além do limite, tem de dar voltas e voltas para a tal "motivação", mas a verdade é que por mais que se queira, quando um aluno não quer aprender, não parte apenas do professor a tarefa de lhes mudar as cabecinhas, isto porque hoje em dia, o professor não pode "assustar "os meninos, não os pode repreender. De 4 obras que deveriam ter lido os meus alunos (uma turma de 30), ninguém o fez, nenhum aluno leu uma, sequer uma, das obras obrigatórias, para não falar dos textos que supostamente deveriam preparar em casa. Isto aconteceu no 8º ano. Com os alunos do décimo, que deveriam ter lido um conto (de 5 páginas) numa semana, passou-se a mesma coisa. Muito bem...planificações não foram cumpridas, porque o professor tem de dar a volta à situação e perder muito mais tempo do que previsto, e o mesmo acontece com os programas, que não são cumpridos, ou não são bem dados. Com isto só quero dizer que nem tudo está na mão do professor, o docente não pode obrigar os alunos a fazer o que quer que seja, e por mais técnicas e motivação que por vezes se utilize, nem assim vai lá, com a maior parte dos alunos.
Nas composições e respostas de testes, alguns dos alunos escrevem em linguagem sms...pois bem, mesmo descontando nas respostas, mesmo alertando para o facto de que isso não é escrita correcta e que não será aceitável num teste ou exame, a resposta é: "nós entendemos o que escrevemos, está lá tudo...toda a gente usa abreviaturas..." e o problema manteve-se.
Sei que não posso falar em grande experiência, porque simplesmente não a tenho, mas a verdade é que as coisas estão muito diferentes, e não passei pelo secundário assim há tanto tempo como isso. Mais uma injecção de realidade pura e crua.
Enfim, fica aqui uma sugestão para novos métodos de ensino...vale a pena ouvir, sempre dá pra rir um pouco. Vou pensar sobre isto nas minhas próximas aulas...lá para o ano 2020. lol

03 setembro 2006

e agora?


Sócios do Gil Vicente "não vão desistir do processo em tribunal"Prevê o advogado do clube Pedro Macieirinha

Pedro Macieirinha, um dos advogados do Gil Vicente, disse hoje à Agência Lusa não ter dúvidas de que a Assembleia Geral do clube da próxima quinta-feira vai decidir-se pela continuação dos processos em tribunal no âmbito do "caso" Mateus.
"Não tenho dúvidas de que os sócios vão querer que o processo continue", afirmou Macieirinha.
O advogado aproveitou para explicar que "o grande erro da federação" foi "vingar-se" nas camadas jovens do clube, quando a 25 de Agosto se decidiu pela suspensão do clube de todas as competições não profissionais.
Macierinha explicou que o Gil Vicente apresentou um recurso ao Conselho de Justiça da FPF, pedindo a suspensão desta medida e alegando o "interesse público dos 300 miúdos" que jogam nas camadas mais jovens, mas, em resposta, o CJ entendeu que "o clube continua em prova, está é suspenso".
"O grande erro da federação foi vingar-se nos miúdos. Foi isto que mais revoltou as pessoas", disse, acrescentando: "Eu próprio fiz uma promessa às camadas mais jovens de que iria recorrer para os tribunais civis, se necessário".
O advogado, que acompanhou o presidente do Gil Vicente António Fiúza na entrevista concedida à RTP, disse ainda que, no final, os adeptos foram "unânimes" em apresentar o seu apoio às posições do clube gilista.
"Todos os dias entram 10 a 15 propostas para novos sócios e gente que diz que, se for preciso, se faz sócio" do clube e foi mesmo "criada uma conta para apoiar o Gil (Vicente) nas questões jurídicas", explicou.
No seu "entendimento", os adeptos e simpatizantes do Gil Vicente acham que "é preciso fazer rolar cabeças que estão há muitos anos no futebol" e isso pode acontecer caso o processo chegue ao "pior cenário", com a exclusão das equipas e selecções portuguesas das competições internacionais.

in Jornal de Notícias
A verdade é que não percebo nada de futebol, mas parece-me que isto é tudo uma palhaçada. Afinal de contas...quem é que está a castigar quem?